O Departamento de Artes Visuais do Centro de Artes da UDESC realiza em novembro de 2009 o 1º SIMPÓSIO DE INTEGRAÇÃO DAS ARTES VISUAIS: ARTE E POLÍTICA. A temática volta-se para a reflexão e articulação dos processos artísticos na contemporaneidade, compreensão do lugar que o artista deambula, bem como para a percepção da produção de pesquisa em Arte e sobre Arte. O objetivo também é propiciar a integração dos acadêmicos dos cursos de Artes Plásticas e Artes Visuais. As palestras serão apresentadas por professores do DAV e pesquisadores convidados, sendo de caráter aberto. Os mini cursos serão oferecidos por pesquisadores específicos de cada área.

*Para cada mini curso é necessário fazer inscrição pelo e-mail: simposioartesvisuais@gmail.com

Contamos com a participação de todos os estudantes.

Comissão organizadora do 1º SIAV

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

alguns links do SIAV


http://www.youtube.com/user/silviobrunno#p/u/8/7WqYN9ZKOTw


http://www.youtube.com/user/silviobrunno#p/u/3/rrLUl3owh1w


http://www.youtube.com/user/silviobrunno#p/u/5/v8wKU6RakmQ

terça-feira, 27 de outubro de 2009

PROGRAMAÇÃO



Dia 09 de novembro - segunda-feira
9:00-9:30h: mesa de abertura oficial-
Pró-reitora de ensino-Profª Drª Sandra Makowiecky, Diretor do CEART-Prof. Dr. Milton de Andrade Jr, Diretora de Ensino-Profª Jacqueline Wildi Lins, chefe do DAV-Prof. Drand. Jociele Lampert, Coordenadora do PPGAV-Prof.ª Dr.ª Sandra Regina Ramalho e Oliveira e Mestrando do PPGAV-Marcelo Seixas
9:30-10h Conferência de abertura: Prof. Dr. César Floriano - Arte Pública e Espaços Políticos.
10-10:30h Profª Drª Sandra Makowiecky
10:30- 11h - Prof. Drando. Jorge Menna Barreto (ciclo PPGAV) - Vivo aqui como se eu estivesse aí: Arte feita de maneira pública
11-12h- debate com mediação da Prof.ª Drª Regina Melim
12-14h- ALMOÇO
14-16h: Mesa 1 – "Arte, tecnologia e meio ambiente"
14-14:30h: Prof.ª Dr.ª Karla Brunet
14:30-15h: Prof.ª Bronac Ferran
15-15:30h: Prof.ª Dr.ª Yara Guasque - Tecnologias informacionais como ferramentas artísticas: consumo passivo ou ativismo político?
15:30-16h: debate com mediação do Prof. Dr. Antonio Vargas Santanna
16-16:30- intervalo
16:30-18:30: Mesa 2 – “Corpo, alteridade e transgressão”
16:30-17h- Prof.ª Dr.ª Anita Prado Koneski, A dimensão da alteridade da arte

17-17:30h- Prof. Drand Adriana Maria dos Santos, Interlocução entre Monstros
17:30-18h: Prof.ª Dr.ª Marta Martins, Corpo, linguagem, prótese
18-18:30: debate com mediação da Prof.ª Dr.ª Maria Cristina Alves dos Santos Pessi
18:30-19h - Intervalo
19:00: Prof.ª Ms. Giovana Zimermann, Arte e política: o choque como experiência
Mostra de filme seguida de debate com a atriz Noara Quintana
mediação da Prof.ª Drª Silvana Macedo

Dia 10 de novembro, terça-feira
9:00-12h: Mesa 3 – “Arte, política e sociabilidade”
9- 9:30h - Prof.ª Dr.ª Sandra Regina Ramalho e Oliveira - As margens da arte - criação e compromisso político
9:30-10h Prof. Dr. Marcos Villela, Arte contemporânea e formas de sociabilidade na sociedade neoliberal (ciclo PPGAV)
10-10:30h: intervalo
10:30-11h Prof.ª Dr.ª Celia Antonacci Ramos, O Muro de Berlim e as mudanças de paradigmas da política e da arte
11-12h- debate com mediação da Profª Drª Maria Cristina da Rosa Fonseca da Silva
12-14h- ALMOÇO
14-16 h: Mesa 4: “Subjetividade e ações criticas”
14-14:30h: Prof.ª Ms. Sandra Fávero, O Avesso das Matrizes Gravadas
14:30-15h: Prof. Ms. Diego Rayck, Ações mínimas, posicionamentos críticos
15-15:30h: Prof.ª Drª Marlen Batista De Martino, O pharmako na arte contemporânea – Confissões artísticas
15:30-16h: debate com mediação da Prof.ª Ms. Elaine Schmidlin
16-16:30- intervalo
16:30-18:30: Mesa 5 – “Arte, Ensino e políticas de inclusão”
16:30-17h-Profª Rosana Lins Alves da Cunha, Jung e a relação aluno- professor: uma abordagem política
17-17:30h Prof.ª Dr.ª Neli Klix Freitas, Políticas Públicas em Educação Inclusiva: Espaços e Desafios para Aprendizagem
17:30-18h Profª Drª Maria Cristina da Rosa Fonseca da Silva, Objetos Pedagógicos para o Ensino de Arte em classes inclusivas
18-18:30: debate com mediação da Prof.ª Dr.ª Maria Lúcia Batezat Duarte
 

Dia 11 de novembro, quarta-feira
9-12h- mini-curso
Prof. Ms. Diego Rayck, Modelo vivo – desenho de observação
9-11h- mini-curso
Prof. Dr. Luiz Sérgio de Oliveira, Práticas de Arte Pública na Fronteira entre dois mundos: geovanguardas no entorno do inSite
10:30-11h palestra, Prof. Dr. Mario Ramiro, A fotografia do outro mundo. (ciclo PPGAV)
11-11:30h  Profª Drª Rosangela Cherem, História, política e arte na América Latina, os pêndulos da modernidade

11:30-12h debate com mediação do mestrando do PPGAV Marcelo Seixas

12-14h- ALMOÇO
14-18h: Mesa 7- “Experimentações artísticas no contexto urbano”.
14- 14:30h - Profª Drª Lílian Amaral, Arte, Experiências e Territórios em Processo.
Derivações da Arte Pública Contemporânea no Brasil, América Latina e Europa
14:30-15h - Prof. Dr. Luiz Sérgio de Oliveira, Arte e Democracia: as práticas das geovanguardas e o processo de inclusão social do artista.
15-15:30h
Prof. Drand. Jociele Lampert, Cultura Visual e contexto urbano
15:30-16h - intervalo
16-16:30h - Profª Drª Silvana Macedo, Ação de Manutenção # 1 – Paisagem Especulada, Pântano do Sul
16:30- 17h  Prof.ª Dr.ª Nara Milioli, Cartão-portal
17-17:30h- debate com mediação do Prof. Dr. José Luiz Kinceler
18-19h: palestra –Prof.ª Verônica G. Veloso: Jogos do Olhar – procedimentos do cinema para criação de cenas teatrais em espaços não convencionais
debate com mediação do Prof. Drand. Vicente Concílio
19-22h: mini curso
Prof.ª Verônica G. Veloso: Jogos do Olhar – procedimentos do cinema para criação de cenas teatrais em espaços não convencionais
18-21h: mini curso
Prof. Luiz Sérgio de Oliveira, Práticas de Arte Pública na Fronteira entre dois mundos: geovanguardas no entorno do inSite

Dia 12 de novembro, quinta-feira
9-12h: mini-curso
Daniel Yencken, Cadavre Exquis – Laboratório de Video Coletivo
12-14h- ALMOÇO
14-18h: mini curso
Profª Drª Lílian Amaral, Convocatória Pocs, 24h uma linha na cidade, Arte ação em campo aberto
 Web-conferência com Daniel Toso – Artista Visual, Arquiteto, sócio-fundador do coletivo interdisciplinar POCS / Barcelona. Mediação: Lilian Amaral - USP / POCS Brasil

19-22h: mini curso
Prof.ª Verônica G. Veloso: Jogos do Olhar – procedimentos do cinema para criação de cenas teatrais em espaços não convencionais

Dia 13 de novembro, sexta-feira
8-11h: mini curso
Francisco Sedrez Warming, Introdução a Edição de Video em Software Livre
9-12h : mini curso
Marina Borck: Um percurso fotográfico para a contemporaneidade
14-18h: mini curso - Prof.ª Ms.Virgínia Yunes, Curso de Manipulação de Imagem - Photoshop básico
14-18h: mini curso - Profª Drª Lílian Amaral, Convocatória Pocs,
24h uma linha na cidade, Arte ação em campo aberto

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

MINI CURSOS


Curso de Manipulação de Imagem - Photoshop básico  dia 13/11 das 14h as 18h
Profª Ms. Virginia Yunes

Jogos do Olhar – procedimentos do cinema para
criação de cenas teatrais em espaços não convencionais   dias 11 e 12/11 das 19h as 22h
Profª Ms. Verônica Veloso

Introdução a Edição de Video em Software Livre  dia 13/11 das 8h as 11h
Francisco Sedrez Warmling

Cadavre Exquis – Laboratório de Video Coletivo  dia 12/11 das 9h as 12h
Prof. Ms. Daniel Yencken

Modelo vivo – desenho de observação   dia 11/11 das 9h as 12h
Prof. Ms. Diego Rayck

Um percurso fotográfico para a contemporaneidade  dia 13/11 das 9h as 12h
Marina Rieck Borck

Práticas de arte pública na fronteira entre dois mundos: geovanguardas no entorno do insite  

dia 11/11 das 9h as 12h e das 18h as 22h
Prof. Dr. Luiz Sérgio de Oliveira

Convocatória POCS 24hs uma linha na cidade
Arte Ação em campo aberto > Florianópolis 09   dias 12 e 13/11 das 14h as 18h
Profª Drand. Lilian Amaral e Prof. Dr. Daniel Toso



PALESTRAS


Arte, Experiências e Territórios em Processo. Derivações da Arte Pública Contemporânea
Profª Drand. Lilian Amaral

Ação de Manutenção # 1 – Paisagem Especulada, Pântano do Sul
Profª Drª Silvana Macedo

Arte pública e espaços públicos
Prof. Dr. César Floriano

A dimensão da alteridade da arte
Profª Drª Anita Prado Koneski

Objetos Pedagógicos para o Ensino de Arte em classes inclusivas
Profª Drª Maria Cristina da Rosa Fonseca da Silva

O pharmako na arte contemporânea – Confissões artísticas
Profª Drª Marlen Batista De Martino

Políticas públicas em educação inclusiva: espaços e desafios para aprendizagem
Profª Drª Neli Klix Freitas

Interlocução entre Monstros
Profª Drand. Adriana Maria dos Santos

O entre-lugar em Valda Costa
Profª Drª Jacqueline Wildi Lins

O Muro de Berlim e as mudanças de paradigmas da política e da arte
Prof.ª Dr.ª Celia Maria Antonacci Ramos

Ações mínimas, posicionamentos críticos
Prof. Ms. Diego Rayck

Cultura Visual e Contexto Urbano
Profª Drand. Jociele Lampert

Jung e a relação aluno- professor: uma abordagem política
Profª Ms. Rosana Lins Alves da Cunha

A fotografia do outro mundo
Prof. Dr. Mário Ramiro

O avesso das matrizes gravadas
Como tudo não se dá por acaso
Profª Ms. Sandra Favero

Tecnologias informacionais como ferramentas artísticas: consumo passivo ou ativismo político?
Profª Drª Yara Guasque

Cartão-portal
Profª Drª Nara Milioli

Arte e democracia: as práticas das geovanguardas e o processo de inclusão social do artista
Prof. Dr. Luiz Sérgio de Oliveira

Arte e política: o choque como experiência
Profª Ms. Giovana Zimermann

História, política e arte na América Latina, os pêndulos da modernidade
Profª Drª Rosangela Cherem
Profª Drª Sandra Makowiecky

Corpo, linguagem, prótese
Profª. Drª Marta Martins

Jogos do Olhar – procedimentos do cinema para criação de cenas teatrais em espaços não convencionais
Profª Ms. Verônica Veloso

As margens da arte - criação e compromisso político
Profª Drª Sandra Regina Ramalho e Oliveira

Mesa: "Arte, tecnologia e meio ambiente"
Profª Ms.Bronac Ferran
Profª Drª Karla Brunet

PALESTRAS CICLO PPGAV:
Prof. Drand. Jorge Menna Barreto
Prof. Dr. Mario Ramiro
Prof. Dr.Marcos Villela


sábado, 3 de outubro de 2009

RESUMOS DOS MINI CURSOS


Práticas de arte pública na fronteira entre dois mundos: geovanguardas no entorno do insite

Prof. Dr. Luiz Sérgio de Oliveira


Em cinco edições desde 1992, o inSITE tem promovido o espalhamento de projetos de arte nos espaços públicos da região de fronteira entre San Diego (Estados Unidos) e Tijuana (México). O minicurso proposto pretende investigar parte desses projetos de arte à luz das práticas de arte identificadas como geovanguardas, evidenciando as contribuições, ambigüidades e contradições de sua interação com o contexto político da fronteira. 
Número de vagas: 50






Cadavre Exquis – Laboratório de Video Coletivo

Prof. Ms. Daniel Yencken

Exibição e discussão de exemplos de cinema experimental contemporâneo. Laboratório de vídeo coletivo baseado no jogo surrealista Cadavre Exquis (Cadáver Esquisito), enfatizando a experimentação de câmera e a experimentação narrativa.
Número de vagas: 16


 



Jogos do Olhar – procedimentos do cinema para
criação de cenas teatrais em espaços não convencionais

 Profª Ms. Verônica Veloso 

O mini curso apresentará procedimentos do cinema que podem colaborar para a composição do teatro fora do teatro. Nessa proposta, a criação da cena teatral parte da composição de imagens estáticas. De um modo mais amplo, pode-se dizer que a apropriação da linguagem cinematográfica pode servir como ferramenta de leitura de mundo, pois os códigos de comunicação de massa da sociedade utilizados pela televisão são derivados do cinema.
Número de vagas: 20




Introdução a Edição de Video em Software Livre

Francisco Sedrez Warmling

Introdução ao conceitos básicos de Software Livre, e edição de vídeo utilizando ferramentas livres em um sistema operacional GNU/Linux. Durante o mini-curso serão abordados os seguintes temas: captura e conversão de vídeos da internet utilizando extensões do navegador Mozilla Firefox, automação de efeitos e edição não-linear de vídeo em Cinelerra.
Número de vagas: 15





Modelo vivo – desenho de observação

Prof. Ms. Diego Rayck

O desenho de observação exige do desenhista a articulação sensível de modelos de percepção e representação diante de determinado objeto. No caso do modelo vivo, esta prática deve considerar a tensão específica da alteridade: ambos podem se olhar, mas há um que desenha e outro que é desenhado. Em que medida estes modelos empregados configuram e dependem destas relações?
Número de vagas: 12 
 



Um percurso fotográfico para a contemporaneidade

Marina Rieck Borck

Apresentação de imagens da história da fotografia e de equipamentos fotográficos para adentrar questões técnicas da fotografia: diafragma, obturador, fotometria, enquadramento, etc. Como exercício, uma saída com as câmeras que levarem ao redor de onde estivermos.
Número de vagas: 15




Curso de Manipulação de Imagem -  Photoshop básico

  Profª Ms. Virginia Yunes

Objetivo: apresentar as  principais ferramentas do Photoshop de maneira prática e objetiva, capacitando o aluno a dar o mínimo tratamento de imagem que precisa para melhorar e retocar sua imagem fotográfica digital.
Conteúdo: cortes, níveis, curvas, contraste, cores e P&B (saturação/variações), seleção (difusão/troca de fundo/camadas/remover cor de parte da imagem), paletas, filtros, carimbo e tratamento da pele.
Número de vagas: 20







Convocatória  POCS 24 hs uma linha na cidade

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­Arte Ação em Campo Aberto; Florianópolis 09


Profª Drand. Lilian Amaral
POCS é um coletivo - projeto de projetos - que assinala possíveis investigações / interações / interferências / intervenções / composições  urbanas em cidades em contextos Iberoamericanos,  tendo, na presente proposição a cidade de Floriianópolis como território de atuação, no marco do I Simpósio de Artes Visuais: Arte e Política, organizado pelo DAV/CEART/UDESC.
Web-conferência com Daniel Toso – Artista Visual, Arquiteto, sócio-fundador do coletivo interdisciplinar POCS / Barcelona.
Mediação: Lilian Amaral  - USP / POCS Brasil
Tema: Deriva y Psicogeografía


* mais informações no texto "MINI CURSO LILIAN AMARAL" (final da página)

RESUMOS DAS PALESTRAS


Ação de Manutenção # 1 – Paisagem Especulada, Pântano do Sul 
Profª Drª Silvana Macedo

Esta apresentação traz uma reflexão sobre projetos artísticos envolvendo a idéia de arte contextual, que estão sendo desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa Rosa dos Ventos, CNPq/CEART, UDESC. Há referência especial à Ação de Manutenção # 1 – Paisagem Especulada, na praia do Pântano do Sul, local onde observa-se uma grande tensão entre a especulação imobiliária e os anseios e mobilização de boa parte da comunidade para se preservar a Planície do Pântano do Sul, transformando-a em uma reserva ambiental.  As ações do Grupo de Pesquisa Rosa dos Ventos se alinham ao que Paul Ardenne denomina de arte do contexto ou contextual.  Nesta abordagem, o artista trabalha diretamente com a realidade, se colocando em relação com o outro e com o espaço coletivo, traduzindo sua experiência e ação no mundo em atitudes orientadas politicamente.  Portanto, os artistas associados ao grupo Rosa dos Ventos, compartilham nestas ações, com Ardenne, da noção de que o papel do artista seja o de um “protagonista social”, que substitue obras permanentes por ações multiplicáveis, efêmeras para alcançar mais pessoas do que o público habitual de artes visuais.

 


A dimensão da alteridade da arte

Profª Drª Anita Prado Koneski

A relação do indivíduo com a realidade não é um relação pacífica, é uma relação de luta, de instintividade, de racionalidade e certeza da morte. Ao mesmo tempo em que o indivíduo está inserido na totalidade do mundo, percebe-se só. Segundo Levinas, este paradoxo está na base do pensamento ético.  Partindo deste pensamento propomos desenvolver uma reflexão em que a arte, entre a totalidade da realidade e a solidão de cada indivíduo, assume um espaço de denuncia.  Trata-se de dizer que a totalidade esquecendo o singular é constituída pela violência e corrupção. A arte neste viés  propõe uma experiência de alteridade diante do Outro. Afirma que ele é anterioridade a qualquer pensamento no momento em que nos remete a um lugar inatingível: lugar do Outro. Deste modo a arte questiona as bases de todas as relações sociais. Estes são os caminhos reflexivos pelos quais transitará o presente texto, um esforço de  mostrar um modo outro de dar-se alteridade na arte.     







Objetos Pedagógicos para o Ensino de Arte em classes inclusivas

Profª Drª Maria Cristina da Rosa Fonseca da Silva

Na atualidade o professor de arte ganha novas incumbências no cotidiano da escola. Diante das políticas de inclusão e a partir da realidade educacional, a escola adapta-se as novas responsabilidades. O que fazer quando as crianças com deficiência chegam a escola? Como incluí-las com qualidade? Os objetos pedagógicos são uma das estratégias criadas por meio de ações de ensino, pesquisa e extensão. Desenvolvidos nas disciplinas da Licenciatura em Artes Plásticas e na disciplina de Educação Inclusiva das Artes Visuais, os objetos pedagógicos propõe ensinar arte para crianças com deficiência. O resultado tem sido testado por meio de pesquisa e nos mostra que é possível um ensino de arte de qualidade para todas as crianças e jovens.








O pharmako na arte contemporânea – Confissões artísticas

Profª Drª Marlen Batista De Martino
 

Propomos vislumbrar em algumas obras de artistas contemporâneos a aparição de relatos provenientes do que poderíamos denominar de confissões artísticas.   Procuramos elaborar um apanhado de algumas experiências no qual a arte surge como um pharmako, benéfica e nociva. Ao apresentar uma íntima conexão entre o ver e o contaminar-se, entre o criar e o envenenar-se as obras aqui operam como elementos delatores onde a vertigem e a dor falam de um momento onde a ferida e o gozo se tornam a própria língua.






Corpo, linguagem, prótese
           
Profª. Drª Marta Martins

Na palestra seguirei um pouco o raciocínio do  ensaísta,  professor e crítico literário David Wills, em Prosthesis, livro no qual ele articula alguns conceitos de Jacques Derrida sobre a suplementaridade, com algumas narrativas auto-biográficas, que levam  articulações entre linguagem e corpo , entre  autor e obra  e suas implicações.

Segundo Wills as substituições e suplementos gerados pelas leis mecânicas levam para rápidas transferências entre o natural e o artificial gerando o espaço fantasmático da prótese. Nessa linha de raciocínio, todas as relações são articuladas através do corpo, que literalmente “retorna” por ou através de si mesmo, a memória voluntária e involuntária, e esta  passa a ser   uma experiência que ultrapassa os sentidos. A prótese (incluindo-se a fala, os gestos, e  a escrita,  marcariam  o corpo fisicamente; que segundo o autor é “um corpo  que carrega sua própria alteridade desde que começa a se mover.” Torna-se clara a noção de artifício como motor da criação. Assim, a “ordem natural” quando se coloca enquanto artifício, leva a  própria percepção a operar através dos sentidos, mas  também e sobretudo, artificialmente.







Políticas públicas em educação inclusiva: espaços e desafios para aprendizagem

Profª Drª Neli Klix Freitas

A proposta é de apresentar percursos de Políticas Públicas Inclusivas e questões teóricas e conceituais sobre a temática da inclusão, permeando estes temas com reflexões resultantes da pesquisa desenvolvida desde o ano de 2005, sobre o tema da educação inclusiva e da inclusão sócio-educativa. O direito ao ensino regular tem possibilitado às crianças com necessidades educativas especiais o desenvolvimento de funções cognitivas e sociais, que resultam em aprendizagens significativas. Estas aprendizagens envolvem tanto os professores, quanto os alunos com necessidades educativas especiais, envolvidos nesse processo. O artigo também problematiza pontos de vista diferentes sobre políticas públicas para a inclusão, apontando para a necessidade de revisão de paradigmas em educação e na vida em sociedade.







  Interlocução entre Monstros

Profª Drand. Adriana Maria dos Santos

Esta palestra consiste na apresentação de parte do projeto de doutorado em teatro_ PPGT/Ceart 2009_ onde proponho uma aproximação entre alguns personagens do drama de Samuel Beckett, e o pensamento de Georges Bataille Ao eleger três artistas como via de referência, sendo eles Jean Rustin, Olivier de Sagazan e Ana Maria Pacheco penso criar um entrecruzamento na busca por uma legitimidade da força do monstruoso como parte de nossa condição humana, a qual não pode prescindir de abordar aspectos transgressores do corpo como mutilação, deformação e violência como via de potencializar a revolta e, consequentemente encontrar o apaziguamento da dor.






O entre-lugar em Valda Costa

Profª Drª Jacqueline Wildi Lins

O foco deste artigo é a vida e a obra de Valda Costa, uma artista florianopolitana afrodescendente de origem pobre e pouco estudo criada no Morro do Mocotó, localidade de baixa renda situada próxima ao centro de Florianópolis. Sua vida foi breve, posto que, em 1993, faleceu aos 42 anos de idade. Morreu pobre e esquecida, após fulgurante ascensão como artista plástica: desde meados dos anos 1970, entrando pelos anos 1980, freqüentou os mais concorridos ambientes culturais locais na condição de pintora que lograra alcançar uma considerável aceitação no mercado florianopolitano de artes plásticas.
O artigo explora a produção artística de Valda Costa como uma voz do pequeno, do individual que está inserida num entre-lugar, para utilizar a expressão e idéia de Silviano Santiago, e, portanto, fortemente impregnada de ambigüidades e peculiaridades como o foram (e o são) as produções artísticas inseridas em espaços periféricos. Entretanto, são essas ambigüidades e peculiaridades que criam um espaço para a reinvenção e a instituição de novas narrativas que possam ser “los hilos que unen lo individual y lo pequeño con los movimientos mayores del devenir humano” (BURUCÚA). 

 






História, Política e Arte na América Latina, os pêndulos da modernidade
                                            
 Profª Drª Rosangela Cherem e Profª Drª Sandra Makowiecky

Articular arte e política impõe reconhecer os vários regimes de verdade que se tornaram explícitos ao longo da modernidade e que permitem senão estabelecer concordâncias, ao menos ressonâncias. A partir de tal entendimento e considerando o arsenal imagético de artistas latino-americanos, situados entre meados do século XIX e primeira metade do século XX, pode-se  desdobrar o entendimento de política tanto como uma esfera dos poderes instituídos e institucionais, passando pelos circuitos artísticos e papéis conferidos à obra de arte, com os quais o artista pode tanto se fazer porta-voz como tornar-se ferrenho adversário, como uma dimensão com vigor próprio ou regime de poder relacionado aos micro-poderes, à estética da existência e à capacidade de criar mundos, sobrevivendo além das convenções do espaço e do tempo em que nasceu.







O Muro de Berlim e as mudanças de paradigmas da política e da arte

 

Prof.ª Dr.ª Celia Maria Antonacci Ramos

 

Os estudos relativos à arte e sua interseção política podem partir de distintos aspetos e de diferentes tempos e espaços. As mudanças radicais na geopolítica do planeta e as consequentes mudanças nos sistemas políticos, ecômicos, sociais, religiosos, culturias e estéticos demandam aos artistas, críticos e historiadores da arte, curadores dos museus, arte educadores e pesquisadores do sistema das artes, novos paradigmas epistemológicos e novas abordagens filosóficas, históricas, críticas e estéticas. Para esta conferência, destaco a relação da arte à queda do Muro de Berlim.
A partir do contexto político, econômico e social desse acontecimento, proponho observar as ações artísticas que evidenciaram as opressões políticas, sociais e econômicas causadas pela construção e demolição desse Muro e entender a articulação dos artistas frente aos problemas  políticos, sociais, culturais e econômicos.
Este painel pretende desenvolver um pensamento crítico que se converta em um estímulo para que os artistas, historiadores da arte e estudantes investiguem outros processos de luta dos artistas contra as ditaduras e o autoritarismo das classes dominates.








Ações mínimas, posicionamentos críticos


 Prof. Ms. Diego Rayck



Nos últimos 60 anos, iniciativas significativas de artistas trabalharam na direção de uma reconfiguração do entendimento de obra de arte destacando seu caráter processual, discursivo e imaterial. Através de ações silenciosas, gestos aparentemente insignificantes e discretos, noções como as de vazio e negação permitiram o desenvolvimento de propostas potentes com o emprego de um mínimo de recursos. Apesar destas propostas serem efêmeras, discretas ou dispersas entre desdobramentos e referenciais, elas não são fechadas sobre si mesmas ou sobre o universo da arte, mas constituem políticas de resistência, de posicionamentos críticos contra modelos de pensamento dominantes. 






As margens da arte - criação e compromisso político

Profª Drª Sandra Regina Ramalho e Oliveira

Quando da proposta de apresentação de uma abordagem sobre arte e política, para o Simpósio de Integração, pensei em construir um texto a partir das nossas origens ocidentais, da Grécia, do texto “O Político” dos diálogos socráticos. Mas naquele momento, em setembro de 2009, em viagem para um Congresso na Espanha, tive a chance de conhecer uma exposição no Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA), uma proposta denominada “As margens da arte - criação e compromisso político”, que tinha tudo a ver. Minha apresentação traz o que pude extrair dessa exposição.







Cultura Visual e Contexto Urbano

Profª Drand. Jociele Lampert



Esta palestra aponta para algumas questões referentes à pesquisa de Doutorado em Artes Visuais na ECA/USP que objetivou investigar aspectos que decorrem das inter-relações entre Artes Visuais e cultura visual, relacionando práticas de ver as práticas artísticas autônomas e colaborativas, tendo como eixo gerador a arte relacional na formação do artista/professor/pesquisador em Artes Visuais. As ações poéticas realizadas no contexto urbano (coletivo [entre], polaróides invisíveis/artista Tom Lisboa e ações realizadas pelo coletivo Território Improvável) são focos de reflexão para a cultura visual e arte relacional, compreendendo um conjunto de práticas artísticas que tomam como ponto de partida (teórico e prático) as relações humanas e seu contexto sociocultural.





 
Jung e a relação aluno- professor: uma abordagem política

Profª Ms. Rosana Lins Alves da Cunha

A psicologia analítica de Jung contempla o estudo do círculo como um elemento presente na história do homem desde os primórdios de sua existência. A escola, por sua vez, admite a sua utilização até o término da educação infantil, por volta dos cinco anos de idade. A partir da primeira série do ensino fundamental, este recurso - que é um dos facilitadores nas relações de afeto - é bruscamente rompido e a fila se insere como um dos principais procedimentos no cotidiano e na espacialidade da escola. Como conseqüência, imobiliza corpos e auxilia na instauração de um tipo de controle que faz da repetição obrigatória dos conteúdos curriculares material de alienação, de impossibilidade de construção do pensamento crítico e da coação moral. Qual o papel da arte como elemento reversor neste processo?

 






A fotografia do outro mundo

Prof. Dr. Mario Ramiro

O trabalho enfoca os "processos artísticos contemporâneos" em diálogo com a fotografia de cunho religioso e a chamada fotografia paranormal. 
Nessa investigação, são analisadas as representações de cunho religioso que fundamentam a história da arte do Ocidente (pinturas e esculturas que narram a vida e os feitos dos santos e do Deus cristão), face às novas imagens de irão representar os preceitos e os supostos fenômenos que seriam uma "prova" da existência de uma vida além túmulo. No campo das representações culturais esse tema vêm sendo explorado contínuamente pelo cinema, pela televisão e, em menor escala, pelas artes visuais. Trata-se, portanto, de um assunto de grande abrangência no campo da cultura.






O avesso das matrizes gravadas
Como tudo não se dá por acaso


Profª Ms. Sandra Favero

A partir de uma produção de matrizes de gravuras em metal já realizada constatei no ‘avesso’ destas, possibilidades imagéticas. Esses ‘avessos’ de chapas foram corroídos pela ação dos ácidos utilizados e oferecem-se para uma pesquisa aprofundada dentro do meio, favorecendo caminhos para explorações formais que contribuem para um maior conhecimento dos procedimentos poéticos adotados. Esse ato de revolver o que já estava esquecido, ou melhor, sequer visto como imagem, trás à tona desafios para o entendimento dos processos artísticos e as situações do acaso. Conseqüentemente, transforma-se em conteúdo alimentando o que chamamos de relações estreitas entre ser artista/professor.






Tecnologias informacionais como ferramentas artísticas: consumo passivo ou ativismo político?

Profª Drª Yara Guasque

O texto de Trebor Scholz e de Paul Hartzog, "Toward a critique of the social web" discute se a morte do ciberespaço é realmente imperativa quando as corporações oferecem acessibilidade gratuita e irrestrita da web para colher através da navegação dos cibernautas dados para vários mercados. As proposições ativistas de cunho mais político, que atuam como instrumentos sociais, mostram que a produção de subjetividade já não é domínio da estética como também não requerem uma habilidade específica. As poéticas das proposições ativistas são dificilmente reconhecidas como artísticas pois focam a ação no espaço concreto e se utilizam das tecnologias informacionais disponibilizadas ao grande público como ferramentas artísticas participativas para burlar o controle e a lógica das corporações de dominação total da atenção e do desejo em prol de um consumo passivo.






Cartão-portal

Profª Drª Nara Milioli

Cartão-portal consiste num estudo da paisagem realizado através de uma pesquisa da sensação, e baseado em operações poéticas desenvolvidas com meios eletrônicos de produção de imagens.
Desenvolve-se em duas vertentes: desenho de observação e arquiteturas verdes.

Na primeira vertente da pesquisa, “desenho de observação”, acontece uma espécie de acúmulo de percepções geradas pelas sucessivas e alternadas frequências entre as cidades de Florianópolis e São Paulo.
A partir destas viagens, desenvolve-se uma nova percepção do entorno familiar de Florianópolis, percepção esta que se opõe às experiências “sensológicas” anteriores com relação a essa paisagem. Essa nova percepção é denominada “olhar do retorno”.

Na segunda vertente do estudo, “arquiteturas verdes”, a partir da observação de dois modos constitutivos da paisagem - “liso” e “estriado- diametralmente opostos e detectados por meio da singularidade de suas formas de ocupação espacial - especificamente em relação à conformação dos jardins - emerge a questão do clichê, a qual corresponde o problema dos processos culturais hegemônicos homogeneizantes.
A questão do clichê e a decorrente modelização e padronização sofrida pelos espaços ajardinados surge como um operador poético que traduz uma experiência sensológica, ressaltada por meio de operações que fraturam a superfície desse estilo de paisagem.









Vivo aqui como se eu estivesse aí.
Arte feita de maneira pública

Prof. Drand. Jorge Menna Barreto

Em 1935, Sérgio Buarque de Holanda publicou: “A tentativa de implantação da cultura européia em extenso território, dotado de condições naturais, se não adversas, largamente estranhas à sua tradição milenar, é, nas origens da sociedade brasileira, o fato dominante e mais rico em conseqüências. Trazendo de países distantes nossas formas de convívio, nossas instituições, nossas idéias, e timbrando em manter tudo isso em ambiente muitas vezes desfavorável e hostil, somos, ainda hoje, uns desterrados em nossa própria terra”.
Mais do que os seus assuntos ou o espaço de instalação, o que faz uma obra de arte pública é o modo como é realizada. Estados colaborativos, práticas site-specific, escuta, mapeamento, exterioridade, especificidade e consciência contextual são algumas das palavras que guiarão esta fala. Robert Smithson, Cildo Meireles, Arthur Barrio e João Cabral de Melo Neto, alguns dos autores. 





  Arte e democracia: as práticas das geovanguardas e o processo de inclusão social do artista


Prof. Dr. Luiz Sérgio de Oliveira


As práticas das geovanguardas, identificadas como práticas de arte no domínio público que têm como características principais sua articulação e seu enraizamento nos contextos locais e suas comunidades, devem necessariamente incluir as comunidades banhadas pelo projeto / ação artísticos de forma consistente. Entendemos que esses encontros que aproximam artista e comunidades caracterizam uma circulação ampliada da arte inédita na história da arte recente e reposicionam o próprio produtor de arte, parecendo afirmar que a solidão do artista chegou a um termo, ultrapassando sua condição de misantropia, tendo finalmente consolidada a inclusão social do artista.  




Arte, Experiências e Territórios em Processo.
Derivações da Arte Pública Contemporânea no Brasil, América Latina e Europa

Profª Drand. Lilian Amaral

A presente discussão propõe analisar o lugar da arte no âmbito da esfera pública contemporânea a partir da diluição e do deslocamento do objeto para o campo da experiência estética, tendo o tempo se convertido em matéria artística. Transitar entre a autonomia e a instrumentalização parece ser um dos dilemas enfrentados pela arte que incide em dinâmicas sociais, prática contemporânea derivada da arte pública e suas recentes hibridizações, como “novo gênero de arte pública”, “arte contextual”, “estética relacional”, entre outras reconfigurações. Tais questões podem iluminar um debate sobre as práticas críticas como campos de ação processuais e colaborativos apontando para renovadas formas de comunicação, apropriação e pertencimento. Objetiva-se investigar os modos de fazer artísticos compartilhados em rede, os processos de transformação no território deles decorrentes e implicações políticas no tecido social. O atual confronto com a modernidade, a quebra de fronteiras entre suportes, linguagens e áreas do conhecimento, além da aproximação entre camadas da cultura, permite que a arte engendre lugares de novas experimentações estéticas, acopladas às tensões sociais existentes no entorno do artista. Se a relação entre arte e estética sempre acompanhou a produção artística, atualmente, a reunião entre elas pode se configurar como uma dimensão básica do fazer artístico. Nessas circunstâncias abertas surgem determinados projetos – POCS / Museu Aberto, Idensitat / Observatório Nômade e Madrid Abierto - nos quais nos deteremos, para aprofundar a compreensão da expansão de limites por eles tensionados, propositores de espaços de encontros entre arte e vida, estética e política e entre artista e sociedade.





Arte e política: o choque como experiência:

Profª Ms. Giovana Zimermann

“Da Janela - entre a visualidade e a omissão”[1], uma obra ficcional com o intuito de refletir sobre a violência contra a mulher. A personagem vê através da sua janela diversos apartamentos, em um deles ocorrerá uma cena chocante. “O ambiente tecnologicamente alterado expõe o aparato sensorial humano a choques físicos que tem o seu correspondente em choques psíquicos”[2]. A partir do suporte audiovisual, propiciar uma condição “adequada” para mobilizar o assunto, tão banalizado pelas mídias jornalísticas que estimula o “olho defensivo” do espectador[3]. E nesse sentido, questionar o papel da sociedade quanto a histórica modalidade de violência, que em sua maioria, tem início no próprio seio familiar[4].
O trabalho se desenrola através de algumas imagens construídas e outras capturadas do cotidiano da cidade de Florianópolis, apresentando de forma crítica a banalização da face cruel denominada “realidade”.





[1] SINOPSE Fotógrafa pesquisa a violência contra a mulher através da janela de sua casa ou carro, seu “olho câmera” registra tudo. Os planos se cruzam, criando um universo onírico composto de cenas de violência simultâneas a cenas de uma festa, propiciando a reflexão de que ao mesmo tempo em que o espectador assiste ao filme, muitas mulheres anônimas são expostas à violência. Índices apontam que, no Brasil, a cada 4 minutos, uma mulher é agredida.
[2] Como o testemunha a poesia de Baudelaire. Registrar a quebra da experiência foi a missão de Baudelaire: ele “situou a experiência do choque no centro mesmo de sua obra artística” Susan Buck-Morss. Estética e Anestética: O “Ensaio sobre a obra de arte” de Walter Benjamin Reconsiderado, 1996, p. 22.
[3] Ibid. p. 23
[4] Violência sexual: Agressor ainda mora com a vítima, a filha de 13 anos – 1,6 mil casos sem atendimento. Isto é, significa que não receberam atendimento conforme determina a lei (Diário Catarinense pág 22 16/02/2005).


 

Mini Curso Lilian Amaral

Convocatória POCS 24 hs uma linha na cidade

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­Arte Ação em Campo Aberto > Florianópolis 09



Drand. Lilian Amaral

Web-conferência com Prof. Dr. Daniel Toso (Barcelona)

POCS é um coletivo - projeto de projetos - que assinala possíveis investigações / interações / interferências / intervenções / composições urbanas em cidades em contextos Iberoamericanos, tendo, na presente proposição a cidade de Florianópolis como território de atuação, no marco do I Simpósio de Artes Visuais: Arte e Política, organizado pelo DAV/CEART/UDESC.

24 horas, uma linha na cidade. A partir de uma convocatória de agentes locais organizará encontro com criadores, coletivos de artistas, curadores, ativistas, alunos, professores pesquisadores, mediadores culturais e interessados em arte e esfera pública, arte e urbanidade, para discutir formas e ações políticas de incidir no espaço social, no âmbito da arte contemporânea.

Propõe pensar a ação artística com base no transitar, na percepção e no caminhar como prática estética. Estabelece operação dialógica a partir de ações efêmeras tendo a paisagem urbana e humana de Florianópolis como lócus para ações experimentais passando a integrar a rede de cidades e ações estéticas que integram o coletivo internacional.

Desenvolve explorações no território que poderão resultar em uma mostra-cartografia heterodoxa da zona de ação efêmera, na qual será dada ênfase aos acidentes naturais ou arquitetônicos que fraturam o território assim como à cidade como espaço de alteridade.

A mostra será configurada em diversos dispositivos da memória, tais como rastros [adesivos], caixas e mensagens anônimas, publicação no site do POCS – WWW.pocs.org, blog e encarte editado pelo DAV em 2010, webconferência e uma videocartografia.

POCS desenvolve propostas que questionam e ativam os espaços públicos através de convocatórias abertas que resultam e fazem coincidir intervenções efêmeras no espaço público em diversas cidades como La Plata [Argentina], Medellin e Pasto [Colômbia], São Paulo, Rio de Janeiro, Niterói, Curitiba ou Paranapiacaba [Brasil], Barcelona, Tarragona [Espanha] y Foggia [Itália].

Estabelece diálogos e dispositivos de criação colaborativa, apontando novas cartografias para a criação estética.Resulta em ações em rede e colaborações, a partir da articulação entre artistas e profissionais de variados campos do conhecimento, desenvolvendo laboratórios interdisciplinares que precedem ações artísticas efêmeras simultâneas nas cidades participantes, no marco do projeto anual 24 horas: una linea en la ciudad. Tem gerado um corpo bem consistente de metodologias, documentos, publicações e intercâmbios internacionais entre coletivos artísticos, socioculturais e instituições na América Latina e Europa.

Convocatória POCS 2009

VII Workshop de Arte Efêmera Urbana - Florianópolis

Pelo sétimo ano consecutivo POCS e as cidades participantes convocam o Workshop Internacional de Arte Efêmera Urbana: 24h uma linha na cidade -WWW.pocs.org .

A convocatória será aberta no dia 20 de outubro e se encerrará em 10 de novembro de 2009.

Cada grupo poderá desenvolver sua idéia em qualquer das seguintes linhas de ação :

§ Transformações sociopolíticas

§ Relações interpessoais e alteridade

§ Gentrificação, ocupação e diversidade

§ Produção e reabilitação urbana

§ Sociedade e natureza

> Ação coletiva no espaço público - internet, rádio, circuitos urbanos<

Informações no site WWW.pocs.org/convocatória2009 [a confirmar]